Júlio Morais, 17


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[segunda-feira, outubro 30, 2006]

A Morte de uma Criança
(By Júlio)


Abri meus olhos
Enfim estava acordado

Observo a foto na estante
O garoto simples e ingênuo
Não parecia precisar de muita coisa,
Com pouco se contentava
Indagações raramente eram feitas,
Pois elas traziam à tona toda a realidade.

O pequeno percebeu que estava no lugar errado
Pois seus desejos, sonhos, fantasias...
Eram contra a sociedade

Ao decorrer do tempo ele adquiriu sentimentos enormes
Tão intensos e grandes que nem todos cabiam nele
Teve de se desfazer de um
O mais errôneo sentimento humano.

Assim, o pequeno cresceu.
Percebeu que aquele sentimento era inútil para ele
Mas apenas para ele
O menino viu que os outros eram presos pelo sentimento
E sua felicidade se extinguiu quase por completo
Era chegado seu fim

Lembro da noite, da tempestade vermelha
Da chuva timborilante, da rua suja e mórbida
Caminhava pelos ladrilhos da calçada
Deitou-se
E ali partiu para outro lugar
Onde a sua fantasia era real
Seus sonhos e desejos eram possíveis

Agora que a criança está salva,
Existe apenas sua casca
Que cresce a cada dia com os sentimentos que restaram
Um alguém que espera um dia
Renascer num novo corpo
Onde haja harmonia.


Escrito por Julio Capistrano || 8:32 PM