Júlio Morais, 17


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[domingo, novembro 19, 2006]

Apenas escrevendo... ^^

Linda Rosa
(By Júlio)

Eram doze horas. Eliza havia acordado no meio da noite, os trovões não a deixavam dormir. Levantou-se da cama jogando as cobertas finas e brancas sobre a cabeceira e foi ao banheiro. Acendeu a luz, foi até a pia um pouco desnorteada, seus olhos tentavam se adaptar à claridade. Abriu a torneira e lavou seu rosto com água fria, observou sua face no espelho. Seus olhos eram claros, cor de mel. Ela escova seus cabelos negros que deslizam entre as fiandeiras da escova, tinha uma mecha rosa do lado esquerdo que caia sobre seu ombro. Vestida apenas de roupas intimas pretas ela vai até a geladeira e pega um pouco de leite para tentar dormir, dizem que leite ajuda muito. Ela se senta no sofá da sala, mas hesita em ligar a TV, fica apenas na companhia do ruído que faz a chuva no telhado e dos estrondosos trovões.

“Será que ele virá hoje?” – pensava consigo mesma – “espero que sim, quero vê-lo uma última vez antes de partir para Paris”. Ela estava pensativa, segura o copo com leite aflita e reflexiva, os trovões já não eram nada.

Ela se deixa levar pelos pensamentos, as horas passam sem que ela perceba. Ela põe o copo no chão, deita-se no sofá macio e ali fica a pensar. Queria muito a companhia de alguém. Então após certo tempo, ela vê a hora no relógio que fica sobre a TV, já eram duas horas da madrugada e quem ela esperava não havia chegado, estava triste, queria se despedir dele antes de mudar-se para Paris e ter uma vida diferente. Depois de tanto esperar ela indagava-se:
“Será que não virá? Ele sempre vem à meia noite...”

Ela deixa o copo onde está e vai dormir. Entra no quarto escuro e senta-se na cama, ainda pensativa. Desistindo de esperar, ela deita-se e toma suas cobertas e travesseiros para ficar agarrada à eles. A janela sinistra com os relâmpagos que entram no quarto a assustam um pouco. Mas embora tenha medo e frio ela decide dormir, fecha seus olhos para esquecer sua situação atual, pois logo mudará para Paris. Ela fecha os olhos e concentra-se em seu sono, mas ela sente alguém tocar seu ombro, bem atrás dela. Ela sorri.

“Você veio” - Sussurra ela.
“Sim, não poderia deixar de te ver hoje”. – respondeu o homem claro de veste escuras, muito elegante.
“Irei para Paris logo, como já lhe dissera antes. Saiba que adorei o que passamos jun...” – antes que ela pudesse terminar a frase ele põe o dedo em seus lábios.
“Shsss...” – ele sussurra para que ela não diga isso – “eu estarei onde você estiver, sabe que te amo, Linda Rosa”.

Linda Rosa, um bonito e simplório apelido que ele a chamava. Sem palavras, Eliza entrega-se aos beijos e caricias dele. Os dois se amam na noite fria e ruidosa, entre as cobertas brancas.

Era manhã, bem cedo. Eliza acorda abraçada com seu travesseiro, e vê ao seu lado uma rosa vermelha com um bilhete.

“Saiba que estarei onde estiveres. Amo-te, Linda Rosa”. – dizia o bilhete pequeno e bem trabalhado.

Sorrindo, ela pega a rosa. “Eu também te amo” – diz ela baixinho.



Escrito por Julio Capistrano || 10:44 AM