Eu sou aquele que pode habitar qualquer lugar
Aquele que vive em longa corrida, com muita pressa.
Sou o que pode apear qualquer face alheia,
O que pode, pueril, aniquilar um sentimento.
Mas também sou assombrado
Por meus pensamentos desconexos, insanos.
Embora eu esteja sob este suplício,
Sei que sou alguém que rebrota para a vida
A cada manhã chuvosa
Que encharca a cortina de minha janela.
Todavia, isto não me traz uma nova alma.
E esta água encharca minha pele,
Mas não me atinge, pois sou subaquático
E posso sentir a inundação iniciar
Tenho tempo para escapar.
Escrito por Julio Capistrano
|| 1:17 PM